Boas Vindas

Oi, gente! Meu nome é Marcos Adriano e estou escrevendo o livro "Rhenack: e as pedras S". Espero que estejam gostando. XD

Rhenack (capitulo 4)

4. O Mapa Holografico

Após a saída de Alana, Saulo e Adriano foram para seus quartos onde ficaram conversando até Saulo pegar no sono.
Adriano rolava na cama, não conseguia dormir pensando em seu maravilhoso dia que passara ao lado de Susana. Levantou-se e caminhou até a sacada, olhou para cima e viu a lua cheia brilhar no céu junto com milhões de estrelas. Voltou para o quarto e começou a vasculhar suas coisas. De repente lembrou-se do estranho objeto que encontrara mais cedo. Começou a analisá-lo, sua forma, os desenhos, as letras esquisitas e várias outras coisas. Voltou novamente para a sacada onde ali ficou a admirar o estranho objeto.
- Saulo acorda, tem uma coisa que você precisa vê, acorda! – falava Adriano sacudindo Saulo na cama.
- Tem que ser algo muito importante, se não você vai pagar caro por ter me acordado uma hora dessas da noite. Olha só são 02h00min da manhã! – resmungou Saulo levantando-se da cama.
Adriano levou Saulo até onde estava o estranho objeto em formato de dodecaedro. Adriano pegou o objeto e o colocou sob a luz da lua.
O objeto começou a brilhar e os símbolos trocavam de lugar o tempo todo. De repente só um deles ficou brilhando. O símbolo parecia com uma lua no seu estado minguante. Adriano tocou no símbolo e surgiu a imagem da chácara. Segundos depois a imagem começou a movimentar-se e parou na imagem da fazenda do Sr. Francisco e depois de uns estantes a imagem sumiu e o objeto caiu no chão.
- Será que isso é um mapa? – perguntou Saulo – Não sei! Mas por alguma razão, eu sinto que devo ir até a fazenda do Sr. Francisco.
- Também tenho essa sensação! Mas pode ser perigoso.
- Ei, o que era aquele objeto que projetou as imagens? – perguntou Wendel dando um susto em Saulo e Adriano.
- Nós não sabemos! Mas eu e o Adriano vamos até a fazenda do Sr. Francisco pra ver o que acontece. – respondeu Saulo.
- Nós uma pinóia! – exclamou Adriano recuando – Você mesmo disse que isso pode ser perigoso.
- Que tumulto é esse? Não se pode nem dormir direito nessa casa? – resmungou Brendon terminando de subir as escadas.
- Desculpe! É que o Adriano encontrou um suposto mapa holográfico que mostrou a fazenda do pai da Susana e vamos lá pra ver o que acontece.
- E que tal se todos nós fôssemos? Poderia ser legal! – comentou Ejandre.
- Você tava bisbilhotando? – perguntou Wendel.
- Não só eu como o Danilo, Rodrigo e Relisson. – respondeu o garoto.
- Ótimo! Vamos todos. Peguem lanternas, bússola e cantis. Se isso for um mapa, nós encontraremos esse tesouro. – afirmou Adriano.
Todos se apresaram em pegar o que fosse necessário. Logo todos estavam prontos para sair. Caminharam rapidamente até a fazenda do Sr. Francisco.
Ao chegarem Adriano pegou o objeto que novamente mostrou o próximo destino. Uma cachoeira que ficava na floresta. Chegando à cachoeira visualizaram a próxima parada e assim por diante.
Finalmente chegaram ao último símbolo. O objeto mostrava a imagem de um belo luar com a lua cheia refletindo sob um lindo lago. Adriano disse que conhecia o lugar, e já fora lá várias vezes com Susana. Finalmente chegaram ao lugar indicado. Adriano pegou novamente o objeto, mas dessa vez não brilhou.
- Que legal! Não tem nada aqui. Só um monte de arvores. – resmungou Relisson.
- O que é isso? – perguntou Saulo focando encima de uma grande pedra.
Todos se aproximaram e viram que havia um buraco pentagonal na pedra. Adriano encaixou o pequeno mapa no buraco. A terra começou a tremer, os meninos caíram no chão que começou a rachar. Uma enorme porta verde subiu do chão. Era incrivelmente grande, e com detalhes de ouro e diamante.
- Que maneiro! Isso é muito legal! Vamos abrir...
- Você estar louco Saulo, isso pode ser perigoso! – interceptou Wendel.
- Perigoso ou não eu já estou entrando! – retrucou Relisson abrindo a porta. Uma forte luz dourada iluminou o local.
Os meninos foram entrando um a um e quando o ultimo entrou, a porta fechou e sumiu. A sala onde estavam era bastante ampla. Um enorme tapete vermelho se estendia até uma porta no final do corredor. Lustres brilhantes de vidros enchiam o teto. Candelabros e estátuas, feitas de vidros espalhadas pelo local que era completamente feito de vidro.
- Olha isso aqui! É tudo feito de vidro, as colunas, as estátuas, os lustres tudo. Isso é bastante diferente! – disse Adriano admirado.
- É, mas estamos presos aqui. – trovejou Rodrigo.
- Eu não diria isso. Afinal ainda tem aquela porta ali. – mencionou Saulo apontando para uma velha porta de madeira no lado oposto da sala.
Os garotos caminharam até a porta. Era velha e cheia de buracos, sua maçaneta enferrujada. Enormes correntes entrelaçadas e presas por um grande cadeado que possuía uma plaquinha com o seguinte enigma:
“De noite aparecem sem serem notadas, e de dia somem sem serem roubadas’’
- Ótimo! Pra sair daqui temos que responder um enigma? Fala sério. – bufou Ejandre.
- Quer parar de fazer cena, eu sei a resposta! – exclamou Adriano.
- Maravilha! Então responde.
- Leso! A resposta é: as estrelas. – respondeu Adriano.
Ouvi-se um forte estrondo como se fosse som de canhão. O grande cadeado se quebrou e as grosas correntes caíram no chão fazendo um barulho maior ainda.
Danilo abriu a porta, revelando um lindo jardim. Árvores grandes e cheias de frutos enchiam os olhos. Pássaros multicoloridos voavam livremente, e ao redor do jardim, um riacho de águas cristalinas.
- Como isso aqui é bonito! – exclamou Relisson.
- Vamos! Talvez a gente encontre o tesouro pelo jardim. – disse Saulo caminhando em direção do jardim.
Passaram por uma pequena ponte feita de tijolos brancos e chegaram ao jardim. Grama bem verdinha cobria o solo. Cada um foi para um canto. Depois de algum tempo ouviram um grito.
Todos saíram correndo em direção do grito alto e grave. Ao chegarem, Brendon estava sentado no pé de uma árvore com o braço direito sangrando.
- Brendon você estar legal? – perguntou Saulo ao irmão mais novo.
- Não muito! Acho que quebrei o osso do meu braço.
- E como isso aconteceu? – perguntou Relisson preocupado com o melhor amigo.
- Fui subir nessa árvore e aquele bloco caiu em cima de mim e pegou bem em cima do meu braço. – respondeu Brendon apontando para um bloco no formato de um triangulo retângulo manchado de sangue.
Adriano pegou o bloco e observou que ele estava entalhado com várias linhas curvas e uma esfera de vidro com um ideograma [mizu=água].
- É bem pesado! E vejam, tem varias linhas nele e um ideograma gravado em uma esfera de vidro.
- Ei! Eu vi um bloco igual a esse perto do rio. – lembro-se Wendel.
- Então vai lá buscar! – recomendou Rodrigo.
Relisson, que estava com duas blusas, rasgou uma e fez uma tipóia para apoiar o braço quebrado de Brendon. Minutos depois Wendel voltou com quatro pedaços do bloco branco.
- Pessoal eu só achei isso aqui! – exclamou o garoto.
- Acho que isso é um quebra cabeças!
Todos voltaram à atenção para Brendon que, no momento, estava apoiado nos ombros largos de Relisson.
- Como assim um quebra cabeças? – perguntou Ejandre.
- Pela quantidade de blocos. São cinco deles. E é bastante fácil de montar. Basta vocês fazerem o que eu digo.
Seguindo as orientações de Brendon, os garotos conseguiram montar o quebra-cabeça formando a imagem de oito esferas de vidro, cada um com um ideograma, ao redor de uma grande esfera de vidro.
- Legal! Que tesouro! Um quebra-cabeça de cinco peças. Ninguém merece. – resmungou Danilo inconformado.
- Gente, estar acontecendo alguma coisa aqui! – exclamou Adriano recebendo a atenção de todos.
Os garotos se aproximaram do bloco. A esfera de vidro que continha o ideograma estava com um brilho azul bem intenso. Toda água que rodeava o jardim evaporou instantaneamente.
Logo depois outra esfera de vidro que continha o ideograma  [ki=madeira] brilhou. Seu brilho era verde e fez com que todas as árvores, flores e a grama do jardim desaparecer.
- O que será que estar acontecendo? – perguntou Adriano amedrontado.
- Sei lá! Só sei que devemos dar o fora daqui. – respondeu Saulo.
Mal o garoto acabara de falar outra esfera brilhou. Possuía o ideograma [kaminari=trovão] e seu brilho era roxo. Um enorme raio surgiu do nada e destruiu a ponte. Outro brilho surgiu. A esfera que continha o ideograma 金属[kinzou=metal] emanava um brilho prateado e fez com que a porta de saída fosse novamente bloqueada pelo enorme cadeado.
- Droga! Agora estamos presos aqui. – trovejou Rodrigo.
- A gente estar frito. – lamentou Brendon.
Mais uma vez outra esfera brilhou. Seu brilho vermelho fazia jus ao seu ideograma [hi=fogo]. Enormes colunas de fogo brotaram do solo onde era o riacho, aumentando bastante o calor.
- Vamos morrer defumados.
- Você quer dizer carbonizado não é Saulo?
- Isso não é hora para ironia Adriano. Bem que você avisou que poderia ser perigoso.
- Vamos parar de discussão e vamos fazer algo para sair daqui. – interrompeu Relisson.
Outra esfera brilhou. Seu ideograma [kaze=vento] ficava bastante evidente com seu brilho cinza. Um vento muito forte surgiu e se fundiu com as colunas de fogo, fazendo os meninos fulminassem gotas de suor. Mais uma esfera brilhou. Seu brilho amarelo-ouro mostrava o ideograma [suna=areia]. Uma grande tempestade de areia surgiu e soterrou a coluna de fogo.
- Finalmente! Agora a gente estar salvo. – comemorou Danilo.
As duas últimas esferas brilharam. Uma possuía a letra γ[gamma a terceira letra do alfabeto grego] e emanava um brilho laranja e ficava no meio do quebra-cabeça. E outra possuía o ideograma 土地[toche=terra] e emanava um brilho marrom.
O lugar onde estavam começou a desmoronar. O solo rachou em vários pedaços. As esferas do quebra-cabeça começaram a se movimentar ao redor da esfera central. Com o movimento das esferas, o jardim começou a se desmaterializar.
- Você e sua boca, em Danilo! – resmungou Adriano.
- Será que eu posso entrar em pânico? – perguntou Danilo ofegante.
- WENDEL – gritou Rodrigo vendo o amigo virando pó em sua frente.
- RELISSON, BRENDON. – gritou Saulo vendo o irmão virando pó.
Os restantes dos meninos ficaram um de costas para o outro. Estavam ofegantes. Rodrigo foi transformado em pó rapidamente. Ejandre e Danilo viraram pó juntos e Saulo e Adriano foram os últimos.
Quando o último dos meninos sumiu, o jardim voltou a se materializar. A floresta ressurgiu, a ponte de tijolos consertou-se novamente, o riacho brotou água e o quebra-cabeça foi despedaçado.

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